Regina Duarte
Na semana passada, a atriz Regina Duarte assumiu o posto de secretária especial da cultura no governo Jair Bolsonaro. Segundo ela, sua meta é pacificar o ânimos. Essa pacificação começou de um modo estranho…A maioria dos ocupantes de cargos de confiança da gestão de Roberto Alvim foram exonerados. Até ai, tudo bem. É compreensível que Regina queira nomear pessoas da sua própria confiança. O problema é que todos os exonerados eram pessoas alinhadas com o Governo Bolsonaro, enquanto parte da equipe dela tem relações aparentemente íntimas com partidos da oposição, como PT e o PSOL. O resultado é que os eleitores de Bolsonaro não gostaram e resolveram protestar nas redes sociais. Afinal, que pacificação é esta que começa com a perspectiva de colocar opositores dentro da pasta? Em entrevista ao Fantástico, no domingo dia 8 de março, Regina disse que enfrenta uma ‘facção’ que quer que ela se demita. Escolheu mal a palavra. Não existe ‘facção’: existe o eleitor que votou num candidato de direita e não recebeu nenhuma explicação convincente sobre o motivo de membros da oposição estarem sendo nomeados no lugar de gente alinhada ao Governo. Ainda na entrevista, ela disse que o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, é mais militante do que gestor público. Ora, e Regina Duarte foi nomeada por ser gestora pública ou por ter militado politicamente por Bolsonaro? Pelo jeito, a atriz ainda não entendeu qual é o papel dela nessa novela, ou melhor, no Governo. Mas, o General Luiz Ramos, Ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, que é um dois principais responsáveis pela indicação da atriz, já deu a letra. Em seu twitter, ele disse que ministros e secretários que devem se moldar aos princípios publicamente defendidos pelo Presidente da República, não o contrário.Espero que ela aprenda rápido. Confira o comentário no vídeo:
Herbert Passos Neto, Jornalista. Analista e ativista político.(JCO)