Ao menos seis detentos morreram em uma rebelião em um presídio em Modena, na Itália, depois que o governo italiano instaurou novas restrições em todo o país para tentar conter a epidemia do novo coronavírus. Após a primeira revolta, outras três prisões no país registraram tentativas de fuga e distúrbios nesta segunda-feira, 9.
O governo adotou no domingo 8 por decreto uma série de medidas excepcionais de confinamento de milhões de italianos que vivem no norte. Também determinou novas regras para as penitenciárias, entre elas a redução das visitas.
Após receberem as notícias sobre a situação do país, os presos organizaram protestos contra as restrições e em prol de mais segurança contra a propagação do coronavírus nas cadeias. Na penitenciária de Sant’Anna, em Modena, seis detentos morreram e outros seis ficaram feridos em estado grave.
A revolta começou quando cerca de 60 detentos tentaram escapar. As autoridades locais estimam que o número de vítimas pode crescer nas próximas horas, já que os conflitos ainda não estão controlados.
Também foram registradas revoltas em prisões nas cidades de Foggia, Palermo e em San Vittore, próximo a Milão. Nessas cidades não houve mortes.
Além do confinamento, o decreto publicado pelo governo italiano também ordena o fechamento de cinemas, teatros, museus, bares, casas noturnas e outros locais semelhantes em todo o território até 3 de abril.
Foram decretadas restrições a mais de 15 milhões de pessoas, 25% da população, incluindo os moradores de Milão e Veneza, uma medida semelhante à adotada pela China, onde surgiu a epidemia de Covid-19.
A polícia fará inspeções nas estações de trem e nas estradas principais. Além disso, os voos originários de Milão foram suspensos e foram estipuladas sentenças de três meses de prisão ou 206 euros (233 dólares) àqueles que violarem as regras.
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