Maia e FHC
Peraí, peraí! Deixe-me ver se eu entendi. Não faz nem uma semana e se falou até em impeachment do Presidente da República baseado na informação de uma apresentadora da TV Cultura de que Jair Bolsonaro teria enviado um vídeo para amigos no Whatsapp convocando protestos contra o Poder Legislativo. Alegavam os opositores, zelosos apaixonados pelas instituições, que Bolsonaro estaria ferindo a harmonia entre os poderes e desrespeitando as instituições republicanas. Mas, esta semana, Rodrigo Maia resolveu atacar o Poder Executivo e está tudo bem?Percebam os senhores a sucessão de absurdos que grassam nesse país. Há uma régua para cada situação. Quando é o Presidente, tudo é motivo para crises, ataques e até para impeachment. Porém, a mesma atitude vinda em sentido contrário é coisa perfeitamente natural. É essa a harmonia entre os poderes pregada por aqueles que tanto se esmeram com o zelo institucional? Onde estão os indignados? A cara de pau de Rodrigo Maia é tamanha, que no mesmo dia que ele fez queixas de supostos ataques feitos pelo Governo contra o Legislativo, ele próprio atacou o Executivo. Para Maia há a segurança e a tranquilidade de tudo poder. A grande imprensa deve a ele o grande favor de ter deixado caducar a publicação eletrônica de balanços das companhias, que seguirão sendo obrigadas a gastar milhões de reais anuais publicando nas edições impressas dos jornais de grande circulação o resumo contábil de seus exercícios. Além disso, grande imprensa e o Centrão comandado por Rodrigo Maia são duas peças fundamentais na engrenagem de oposição ao Governo. São jogadores do mesmo time.Isso nos dá mais uma prova do vazio das críticas ao Presidente Bolsonaro, cujas motivações são meramente politiqueiras. O propósito é apenas fazer oposição por oposição para derrubar um presidente que secou as tetas por onde mamavam o dinheiro do povo brasileiro. Para finalizar, registro o mau exemplo de FHC. Se em países sérios os ex-presidentes não se manifestam, nem se metem nos governos de seus sucessores, aqui no Brasil a falta de compostura é total. Mas esse erro só será notado no dia que Bolsonaro for um ex-presidente e falar qualquer coisa sobre o governo da ocasião.
(Texto de Thiago Rachid) (JCO)
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