Ataque contra comboio militar e posto de controle da Turquia na província de Idlib, no noroeste da Síria, foi um dos mais graves das últimas semanas
Um comboio e um posto de controle do exército turco foram bombardeados por tropas leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, em Idlib, no noroeste do país, na noite desta quinta-feira (27). Pelo menos 29 soldados turcos morreram no ataque, segundo Rahmi Dogan, o governador da província de Hatay, na Turquia, que faz fronteira com a Síria. Um relatório não confirmado do Observatório Sírio para os Direitos Humanos chegou a afirmar que o número de mortos poderia chegar a 34. A ação, uma das mais intensas nos últimos dias da região, pode ter consequências mais graves, já que as tropas sírias contam com apoio da Rússia. No cenário internacional, Vladimir Putin é um dos principais aliados do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Tensões com a Rússia
Nas últimas semanas, Erdogan vem pedindo a Putin que os ataques em Idlib sejam interrompidos. Diversas posições turcas na região foram cercados pelas tropas sírias apoiadas pelos russos. Segundo o New York Times, o governo turco acredita que esse ataque em particular tenha sido feito por aviões da Síria, mas a maioria dos bombardeios da região têm sido feitos por jatos russos. O governo turco afirmou que o comboio sofreu o ataque quando estava chegando ao posto de controle que fica em Al Bara, ao sul da cidade de Idlib. Em seguida, os jatos bombardearam o posto. (R7)