Quarta-Feira de cinzas; início da Quaresma, um tempo propício para fazemos um retiro interior uma limpeza da alma! É um tempo oportuno para reavermos os valores que às vezes vamos deixando de lado, por estarmos iludidos com os valores do mundo, “valores” que descartam o ser e abraçam o ter. Este é um tempo de profunda reflexão, que não deve ser visto como algo do passado e sim, do presente, pois são muitos os irmãos, que continuam fazendo a mesma caminhada de Jesus, carregando pesadas cruzes colocadas em seus ombros pelos continuadores daqueles que torturam Jesus até a morte. Para que possamos chegar à Páscoa do Senhor Jesus, revestidos de uma nova roupagem, precisamos nos libertar das correntes do mal que nos impede de caminhar, de ir ao encontro do outro, como a vaidade, a autossuficiência, o egoísmo, grandes inimigos, que ao nos distanciar dos irmãos nos distancia de Deus. Todas as práticas que a Igreja nos recomenda durante este tempo, como a oração, o jejum e a esmola, tem como propósito nos levar a conversão, a uma reconciliação conosco, com Deus e com os irmãos. O Evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos alerta sobre o perigo de cairmos na hipocrisia de praticar boas obras somente para sermos vistos, elogiados, e ver crescer o nosso prestígio frente as pessoas. O texto nos apresenta três exercícios que poderão nos ajudar a crescer na vida cristã, que é a esmola, a oração e o jejum. A esmola, no seu sentido amplo, é toda a nossa disponibilidade em ajudar ao próximo, tanto materialmente como espiritualmente… A oração é o nosso contato íntimo e filial com Deus, é a prova de que reconhecemos nossas fragilidades e queremos nos colocar na sua total dependência. E o jejum, é o exercício do autocontrole das nossas vontades, firmando a nossa resistência ao pecado. Quem tem um relacionamento com o irmão através da partilha, da atenção para com os necessitados, vive a caridade (esmola). Do mesmo modo, quem tem um relacionamento íntimo com Deus, tem uma vida de oração. E quem consegue ter um autocontrole sobre suas vontades e seus impulsos, pratica o jejum. Todas essas, praticas, quando partidas do coração, nos possibilitam uma vivencia harmoniosa com Deus e com os irmãos. Porém, se junto a elas, estiver embutido o desejo de sermos vistos e elogiados pelas pessoas, estas práticas, perdem o seu valor, não serão reconhecidas por Deus, serão aplaudidas pelos homens e ignoradas por Deus. O sacrifício que agrada a Deus, não é o que fazemos para cumprir preceitos e sim, o que fazemos de coração, na gratuidade, como oferta de amor a Ele e aos irmãos…
DESEJO A TODOS: UM FRUTUOSO TEMPO QUARESMAL!
FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS!
Por Olívia Coutinho