Jesus nos oferece todas as condições para que possamos exercer bem a nossa missão. Sob o seu olhar atento, poderemos até ousar, isto é, avançar para águas mais profundas, pois assistidos por Jesus, estaremos sempre em segurança! O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos coloca na barca de Jesus, enfrentando os mesmos desafios que os primeiros discípulos tiveram que enfrentar, no inicio da caminhada missionária.
O texto chama a nossa atenção, sobre a essencialidade da fé, sem uma fé firme, com raízes profundas, não daremos conta de exercer a nossa missão, qualquer vento contrário, nos fará desistir da caminhada que sabemos não ser fácil.
Assim como os primeiros discípulos tiveram dificuldades em atravessar para a outra margem, como determinou Jesus, nós também, temos muitas dificuldades em atravessar os mares impetuosos do nosso “eu” para chegar ao outro!
A narrativa diz, que Jesus, depois da multiplicação dos pães, quando Ele passou para os discípulos a responsabilidade de alimentar uma multidão: “(Dai-lhes vós mesmos de comer”), manda-os entrar na barca e irem para outra margem, isto é: a irem ao encontro de outros povos!
A estas alturas, Jesus, já estava preparando os discípulos para caminharem sem a sua presença física, até então, eles eram totalmente dependentes da presença física de Jesus, não sabiam dar passos sem Ele. Provavelmente, ao desinstalá-los, Jesus quis testar a coragem dos discípulos, já que após a sua volta para o Pai, seriam eles os responsáveis em conduzir a sua barca (Igreja) em dar continuidade a missão de Jesus, a que na terra.
Em obediência a Jesus, os discípulos entram na barca e avançam mar à dentro. Porém, Jesus, não os perde de vista, observa-os de longe, assim como os pais observam seus filhinhos, quando eles ensaiam seus primeiros passos!
No momento em que os discípulos são surpreendidos pelos ventos contrários, que significa em alto mar, Jesus vê e vai ao encontro deles andando sobre as águas! Ao vê-lo, andando sobre as águas, eles ficaram espantados, pensando que fosse um fantasma. Tomados de medo, os discípulos começam a gritar e Jesus, os acalma dizendo- lhes: ”Coragem, sou eu! Não tenhais medo!”
Assim, que Jesus sobe na barca, houve uma calmaria, os ventos cessaram, mas os discípulos continuavam assustados, afinal, tudo o que eles haviam presenciado, naqueles dias, como a multiplicação dos pães e Jesus andando sobre as águas, era grande demais para a compreensão deles, que ainda eram muito imaturos na fé!
Essas dificuldades que os discípulos tiveram no campo da fé,chegando a serem advertidos por Jesus, nós também temos, mas não nos preocupemos, pois a fé, não é algo que se tem de imediato, fé é uma construção que vai desenvolvendo através de um processo lento, que vais solidificando à medida da nossa experiência com Jesus! Os discípulos, mesmo presenciando tantos feitos de Jesus, tiveram vacilo na fé, mas depois, deram a vida para defender a fé.
Se algum dia, formos surpreendidos pelas ondas do mar revolto e sentirmos o nosso barco naufragar, não tenhamos medo, pois Jesus virá nos socorrer! Hoje, Ele não virá andando sobre as águas, como foi ao socorro dos discípulos, Jesus virá nos socorrer, escondido no coração de alguém, pode ser, no coração de um amigo, ou até mesmo no coração de um desconhecido. O importante não é saber como Jesus chegará até nós, o importante é ter a certeza de que nossos apuros, Ele virá nos socorrer…
Quem tem fé, nunca perde a esperança e nem se deixa abater diante às dificuldades, pois carrega consigo, uma certeza: Jesus é o seu porto seguro.
FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS!
Por Olívia Coutinho