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MUNDO DA POLÍTICA > Procurador-geral da Venezuela diz que Lula mentiu sobre acidente para não ir à cúpula dos Brics

por Ornan Serapião
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Declarações foram feitas por Tarek William Saab em publicação nas redes sociais; ele alegou ter ‘fontes diretas’ que confirmariam suposta manipulação do presidente brasileiro, embora não tenha apresentado provas

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, faz declarações em um evento em homenagem ao Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, voltou a atacar Lula
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ter manipulado o acidente doméstico que sofreu recentemente para justificar sua ausência na cúpula do Brics e, com isso, vetar a entrada da Venezuela no bloco. Segundo Saab, Lula usou o acidente como “álibi” para não comparecer ao evento e evitar a responsabilidade perante outros líderes, incluindo Nicolás Maduro. As declarações foram feitas por Saab em uma publicação nas redes sociais, na qual o procurador venezuelano alegou ter “fontes diretas” que confirmariam a suposta manipulação do presidente brasileiro, embora ele não tenha apresentado provas.

O incidente que afastou Lula do encontro ocorreu em 19 de outubro, quando o presidente caiu ao cortar as unhas do pé, resultando em uma batida na cabeça e uma pequena hemorragia. O petista recebeu atendimento médico e foi orientado a evitar viagens de longa duração. Um vídeo divulgado posteriormente mostra o presidente em um evento público com uma cicatriz na cabeça, o que, segundo Saab, evidenciaria uma recuperação que contradiz a gravidade do acidente alegado.

A ausência de Lula no Brics foi marcada pela presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que vetaram a inclusão da Venezuela no grupo. Esse veto gerou reações negativas no governo venezuelano, que considerou a postura brasileira uma “agressão” e um “gesto hostil”, expressando “indignação e vergonha” pelo que classificou como uma atitude “inexplicável e imoral”.

Em resposta, o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou que a decisão teve relação com um “rompimento de confiança” entre os dois países, uma vez que o governo Maduro não teria cumprido a promessa de divulgar as atas eleitorais da última eleição, que reconduziu Maduro ao cargo sob acusações de fraude. O procurador-geral venezuelano já havia associado Lula a teorias conspiratórias, alegando que o presidente brasileiro teria sido “cooptado” pela CIA, mas o governo venezuelano esclareceu que essas declarações são de responsabilidade exclusiva de Saab e não refletem a posição oficial de Caracas.

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