O ex-presidente dos EUA e candidato republicado à Casa Branca, Donald Trump, tem dado maior impulso à pauta anti-imigração, inclusive, com uso das forças armadas norte-americanas a medida que a campanha chega na reta final. Na última sexta-feira (11) no Colorado, ele descreveu a cidade de Aurora como uma “zona de guerra” controlada por gangues venezuelanas, embora as autoridades digam que era um único quarteirão do subúrbio de Denver que tenha sido alvo de grupos com essa característica e que a área está segura novamente. “Eu vou resgatar Aurora e todas as cidades que foram invadidas e conquistadas”, disse Trump no comício. “Vamos colocar esses criminosos vis e sanguinários na prisão ou expulsá-los do nosso país”, completou. O ex-presidente e seus conselheiros planejam mudar as prioridades e recursos militares, mesmo diante da escala de conflitos na Europa e no Oriente Médio.
A principal plataforma de Trump nesta frente, conhecida como Agenda 47, visa medidas duras na fronteira EUA-México, que incluem trazer tropas hoje alocadas no exterior para a região e fazer com que a Marinha aborde e inspecione navios numa espécie de “bloqueio”. O republicano também tem dito que usará a Guarda Nacional e possivelmente o Exército como parte da operação para deportar milhões de imigrantes que não têm status legal permanente. A retirada de tropas que estão em ações internacionais divide o próprio partido: enquanto parte da sigla apoia as iniciativas, outra defende a manutenção da atuação dos EUA como agente relevante da política externa global.
Outro objeto de atenção é o uso das forças militares para fins próprios. Com uma campanha marcada por ameaças e um atentado a tiros, os assessores de Trump pediram que aeronaves militares o transportassem em meio a preocupações crescentes com ameaças do Irã. A solicitação é considerada incomum
(JP)