Na véspera do primeiro aniversário do ataque de 7 de Outubro, Israel intensificou sua ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, com o objetivo de eliminar novas células do Hamas. A operação, que incluiu o uso de tanques, veículos blindados e ataques aéreos, resultou na morte de pelo menos 20 pessoas no norte da região. O ataque mais devastador ocorreu em Dei al-Balah, onde uma mesquita e uma escola foram atingidas, deixando um saldo trágico de 24 mortos e 93 feridos. As autoridades israelenses justificam os bombardeios, afirmando que as ações foram direcionadas a bases do Hamas, que estariam localizadas em áreas civis. Desde o início do conflito, o número de mortes em Gaza já ultrapassa 41,8 mil. Apesar das ordens de evacuação emitidas por Tel Aviv, a situação precária na região torna os deslocamentos extremamente difíceis, com 90% da população de 2,3 milhões de habitantes já deslocada internamente.
A ofensiva foi desencadeada após as Forças Armadas de Israel declararem estado de alerta em razão do aniversário do ataque do Hamas. A escalada da tensão é ainda mais acentuada pela crescendo hostilidade entre Israel e o Hezbollah no Líbano, além de bombardeios atribuídos ao Irã. No sul do Líbano, os confrontos entre Israel e Hezbollah continuam a se intensificar. Israel alega ter destruído cerca de 2.000 alvos do grupo, resultando em 440 mortes entre os combatentes do Hezbollah, enquanto o lado israelense registrou dez mortes. Essa situação levanta preocupações sobre uma possível retaliação de Israel contra o Irã, que é conhecido por apoiar tanto o Hamas quanto o Hezbollah. (JP)