O candidato a prefeito de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), afirmou ter recebido, na sexta-feira (13), uma série de mensagens do candidato Pablo Marçal (PRTB) pedindo desculpas por ataques anteriores. No debate da TV Cultura deste domingo (15), após ser provocado por Marçal, o candidato do PSDB atacou o concorrente com uma cadeira.
De acordo com Datena, em um primeiro momento desconfiou se era realmente Marçal quem estava enviando a mensagem, no entanto, depois, um assessor do candidato do PRTB entrou em contato com o apresentador para propor um café, mas Datena recusou.
De acordo com as mensagens repassadas pela equipe de Datena ao blog de Andréia Sadi no G1, Marçal teria dito: “Oi, Datena, me perdoe pelas palavras pesadas contra você. Tenho sentido que somos animais num zoológico e todos querem ver agressões gratuitas”
Por mensagem, o candidato do PSDB aceitou as desculpas naquele momento, mas como a conversa estava em modo temporário, Datena afirmou que não tinha o print.
No domingo, após ser expulso do Debate da TV Cultura, por ter atacado Marçal com uma cadeira, José Luiz Datena conversou com a imprensa e comentou o pedido de desculpas. “Ele pediu perdão várias vezes na mensagem. Diz que a gente parecia animais expostos ao zoológico. Acredito que nem tenha sido ele quem escreveu, algum assessor, porque estava muito bem escrito, e que, a partir dali, ele propunha que a coisa fosse civilizada dentro de um processo democrático”, afirmou o candidato.
Em seguida, Datena completou: “Eu disse que, se esses são os termos, para mim tudo bem, mas ele tem que provar, você tem que provar que realmente é essa a sua intenção”. Datena ainda afirmou que não pretende deixar a campanha, porque, para ele, o que ocorreu uma “defesa da honra”.
O INÍCIO DA CONFUSÃO
No debate, ao confrontarem um ao outro, Datena se recusou a fazer uma pergunta a Marçal, que respondeu trazendo a tona uma acusação de assédio sexual contra o apresentador.
O candidato do PSDB, então, se defendeu dizendo que a polícia afirmou não haver provas para a acusação e chegou a afirmar que a pessoa que o havia denunciado lhe havia pedido perdão publicamente em cartório.
Momentos depois, Marçal chama Datena de estuprador, usando o termo “Jack”, usado por criminosos para referirem-se àqueles que foram condenados por estupro. Datena então pega a cadeira na qual a candidata Marina Helena estava e acerta o candidato do PRTB.
Após isso, os dois candidatos são apartados por seguranças e pelo prefeito de São Paulo, candidato à reeleição, Ricardo Nunes, enquanto Datena tentava pegar uma outra cadeira para agredir o candidato do PRTB.