A história do 2 de julho na Bahia se confunde com todas as histórias pela sua vitalidade heroica de coragem e luta pela liberdade, do brio baiano pela soberania e justiça, sentimento impregnado na personalidade cada vez mais polida dos heróis e heroínas engajados com um só objetivo: libertar a Bahia dos tiranos e consequentemente libertar o Brasil das garras inóspitas assassinas.
A tríade heroica da batalha vitoriosa chama-se povo, povo, povo – índios, negros livres e escravizados – africanos e brasileiros – o povo baiano comandado por belígeros gigantes da guerra e amantes do arbítrio – Joana Angélica, Maria Quitéria, Maria Felipa.
Os caboclos se desdobram – com as suas estratégias e táticas – fazendo libertar o grito ao som das correntes quebradas com a força dos guerreiros patriotas para devolver a alegria e o sorriso do estado dominado pelos ditames dos portugueses.
As mulheres e os homens destemidos da Bahia, libertaram o Brasil e entregaram a baianidade e o exemplo de patriotismo ao mundo, verdadeira aula didática e pedagógica dialética nos campos de batalha, escrita com sangue, suor e lágrimas, pelo amor e pelo desejo de voar com os ventos, morar nas estrelas e viver do labor com o sol, na benevolência incomensurável.
A Bahia e o 2 de julho é um só corpo impregnado na pele dos baianos com muito orgulho, contado em versos e prosas, comemora a sua façanha e a escreve na história – páginas e páginas – com os que ousaram defender o seu território e o seu povo contra os tiranos.
Oh! Filhos da pátria baiana-Brasil, destemidos filhos gerados na força
cognitiva do brilho do sol nas terras de guerreiros, que não descansam para combater o ímpeto dos déspotas esclarecidos, no solo germinado de transudação e do vermelho das veias, soar dos arcos, flechas, folhas de cansanção nos relevos da nossa pátria: mar, rios, céus, morada eterna dos nossos sonhos.
Soldado brasileiro Soledade – assassinado. Presente!
Joana Angélica, no seu grito – para trás bandidos, só entrarão por cima do meu cadáver! – assassinada. Presente!
Maria Quitéria – a jovem que sabia atirar, cavalgar, caçar e pescar.
Lutou com coragem e bravura no campo de batalha.
Presente!
A negra escravizada Maria Felipa – capoeirista – comandava 40 mulheres com força e resistência.
Presente!
Maragogipe, Cachoeira, Pirajá, na invertida do toque da corneta, salvou o Brasil do cárcere escravagista de Portugal, e as Marias e os joões, recitaram poemas, com fuzil e balas de canhão.
Viva a guerra da independência do Brasil.
2 de julho da Bahia é o coração da liberdade, autonomia, dos brasileiros!
Valter Luis de Oliveira Moraes é diretor do Sindicato dos Bancários de Itabuna