As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram mais de 2.304.422 pessoas e causaram 155 mortes até o momento, de acordo com a Defesa Civil do Estado. O setor habitacional é o mais prejudicado com as enchentes na região, com prejuízo de R$ 4,6 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Estima-se que mais de 105,4 mil casas foram danificadas ou destruídas pela tragédia ambiental no Estado. Segundo a Defesa Civil, 540.188 moradores estão desalojados. O impacto no setor público, que engloba instalações como escolas, hospitais, prefeituras, entre outras, chega a R$ 2,3 bilhões, e o prejuízo no setor privado é de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões concentram-se na agricultura. Já o prejuízo total aos municípios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul é de R$ 9,6 bilhões. A CNM esclarece que houve uma redução em relação ao montante levantado nesta sexta (17), de pouco mais de R$ 10 bilhões. Essa variação pode ser explicada pelo processo de atualização de dados por parte de alguns municípios, tendo em vista que cinco que já tinham contabilizado danos e prejuízos apareceram com números zerados, podendo indicar um novo preenchimento por parte dos mesmos. Outros cinco iniciaram a inserção das informações no sistema.
Cidades temporárias
Por conta do número de desabrigados e desalojados, o governo do Rio Grande do Sul divulgou, na sexta-feira (17), detalhes da organização das quatro “cidades temporárias” que serão montadas para receber desabrigados na região metropolitana de Porto Alegre. A previsão é de que os espaços comecem a operar em cerca de um mês, ainda em junho. O planejamento envolve a utilização de tendas com estruturas temporárias semelhantes às de grandes hospitais de campanha montados durante a pandemia. (JP)