Por Olívia Coutinho
Hoje, percebe-se uma grande inquietação do ser humano, até mesmo no campo da fé. Há um desejo muito grande de se conseguir tudo fácil, o que leva muitas pessoas a pensar, que uma simples troca de religião poderá resolver as suas questões. O que é um grande engano, pois a religião é apenas um caminho de orientação na fé, os nossos problemas, cabe a nós mesmos resolvê-los sempre, à Luz da fé… Existe uma grande diferença entre ter fé e viver a fé, ter fé, é crer naquilo que não vemos, viver a fé, é viver aquilo que cremos. Quando abraçamos a fé, descortina-se diante dos nossos olhos, um novo horizonte, nos possibilitando enxergar o que os olhos humanos não alcançam! O evangelho deste Sábado da 3º Emana da páscoa, vem afirmar, que só permanece com Jesus, quem chega a Ele, pelos os caminhos da fé … “Ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. A fé é a concessão do Pai para chegarmos ao seu Filho, pois a fé é um dom de Deus, a quem acolhe este dom, lhe é concedido a graça de chegar à Jesus e quem está com o Filho, está com o Pai. Muitos recuam, ou até mesmo abandonam o seguimento a Jesus, quando tomam conhecimento de que neste seguimento está presente a cruz. Foram muitos, os discípulos, que abandonaram Jesus, quando tomaram conhecimento de que seria impossível segui-lo, sem assumir a sua cruz. Estes, queriam ficar com Jesus, mas com o Jesus da multiplicação dos pães, da facilidade, não quiseram aceitar o Jesus que passaria pela cruz, este Jesus, na visão deles, era um fracassado. Mesmo Jesus tendo dito: “O meu Reino não é deste mundo”, muitas pessoas mesmo gostando de ouvir Jesus, estavam longe de entender que Ele não buscava a glória dos homens e sim, a glória do Pai! Os mesmos, que queriam proclamá-lo como Rei, após o episódio da multiplicação dos pães, o abandonou, quando Ele disse: “Eis aqui o pão que desceu do céu, quem dele comer viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (Jo6,51). Estas palavras de Jesus, que preanunciava a sua morte, ressoaram para os muitos discípulos, como sendo duras demais, não, que eles não tivessem entendido o sentido daquelas palavras, mas por não estarem dispostos a enfrentar os desafios da cruz. Eles tinham consciência, de que unir as suas vidas à vida de Jesus, implicaria numa doação total de suas vidas, e isso, não estava nos planos daqueles discípulos, como ainda hoje, não está nos planos de muitos de nós. Mais importante do que entender as exigências do seguimento a Jesus, é acatá-las sem questionamentos, pois Jesus, como o Senhor da nossa vida, sabe o que é bom para nós. Questionar os seus ensinamentos, é impor condições para segui-Lo, e esta, não deve ser a postura de quem quer seguir Jesus. Diante às palavras de Jesus, às vezes exigentes, devemos nos comportar como uma criança, que mesmo sem entender as exigências de seus pais, lhe é obediente, acata suas ordens. No final do evangelho, Jesus pergunta aos doze discípulos, os únicos que permaneceram com Ele até aquele momento: “Vós também quereis ir embora? Pedro respondeu em nome do grupo: “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!” A nossa opção por Jesus, tem que ser radical, devemos estar com Ele, para o que der e vier, do contrário, faremos como aqueles discípulos, o abandonamos no meio do caminho, perdendo assim, a oportunidade do nosso encontro com o Pai.
Permanecer com Jesus é optar pela vida…
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho