Por Olívia Coutinho
Ao longo de sua trajetória terrena, Jesus nos mostrou com suas ações libertadoras, que o amor cria e recria vida, que o amor abre caminhos, leva-nos ao encontro daquele que sofre! Por onde Jesus passava, a sua presença exalava amor, Ele consolava os aflitos, levantava os caídos, devolvia a esperança aos desesperançados… Quem carrega consigo, os mesmos anseios de Jesus, irradia amor por onde passa, sente necessidade de partilhar a vida, de se fazer caminho de libertação para o outro.
Em todos os seus ensinamentos, Jesus sempre deixou claro, que a nossa vida, só tem sentido, se vivida na perspectiva da vida eterna, ou seja, se vivida no amor! O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, vem nos mostrar, mais uma vez, um Deus comprometido com a vida, um Deus libertador que manifestou a nós, na pessoa de Jesus. A narrativa reafirma, que o amor de Jesus, não tem fronteiras, foi este amor sem limites, que o levou a quebrar as muralhas do preconceito, reafirmando, dentro de um território pagão, que Ele havia vindo para todos!
Abrindo os ouvidos de um surdo e soltando a sua língua, Jesus devolve a dignidade a um homem que vivia às margens da sociedade impedido de ouvir e [concomitantemente]de falar…
O surdo deste evangelho, representa todos os que estão oprimidos, alienados por um sistema opressor gerador de surdos e mudos. Surdos e mudos, não incomodam o opressor, pois eles não reivindicam nada, estes, sofrem calados, não conseguem expressar e o pior: às vezes culpam a si mesmos, pela sua incapacidade… Ao ser curado por Jesus, aquele que era surdo, vibra de alegria diante as maravilhas que Deus realizou em seu favor! E mesmo tendo sido recomendado por Jesus, para não espalhar o acontecido, este homem, curado, não consegue guardar para si, tamanha alegria, a alegria de ter sido curado e libertado das correntes do preconceito. Livre da surdez, que o impedia de viver socialmente, ele, agradecido, passa a seguir Jesus!
Em sua missão, Jesus iniciou uma nova criação, hoje, Ele passa para nós, a responsabilidade de dar continuidade essa sua missão: devolvendo a dignidade aos muitos mutilados por esta sociedade excludente, que tenta a todo custo, abafar o grito dos excluídos. Como seguidores de Jesus não podemos ignorar estes sofredores, devemos quebrar as correntes da exclusão, sendo a voz destes marginalizados a clamar por justiça, a incomodar seus opressores… Meu irmão e minha irmã: Não podemos esquecer: no rosto do excluído está estampado o rosto desfigurado de Jesus, o que deixamos de fazer em favor destes irmãos, é a Jesus que deixamos de fazer…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho